quinta-feira, 1 de março de 2012

A mídia... doce ilusão

 Cheguei á uma conclusão, uma única e simples conclusão: A mídia é uma droga. E nem é por causa daquela coisa que todo mundo já está careca de saber: Lavagem cerebral, imagens negativas e cenas que não valorizam o que deveriam. Não, a mídia é uma rede de sanguessugas porque eles simplesmente nos fazem acreditar em algo que não é real. Quantas vezes você viu um filme, ou uma série, ou até mesmo um clipe, que acabou com um final clichê garoto-fofo-conquista-garota-solitária, e mesmo achando isso meio besta e ultrapassado, desejou que algo assim ocorresse com você? Garanto que todas já pensaram algo assim. E aí está o problema, a mídia nos bombardeia com histórias de finais felizes desde quando somos bebês, com contos de fadas e cavalos brancos. Mas, se você não sabe, deixe-me falar uma coisa: A vida não tem um final feliz, ela não é uma comédia romântica em que tudo dá certo no fim. Não, ela é um filme de terror que começa no nascimento e termina quando morremos. Se não fosse assim,  ninguém a veria passar inteira na sua cabeça, quando se está prestes a morrer. 
 O problema é que nós nunca nos convencemos disso, como não acreditamos que Romeu e Julieta não ficaram juntos no final. Não, nós sempre pensamos que, mais cedo ou mais tarde, algo dará certo. Sim, eu vou tirar uma nota boa em matemática. Sim, um dia ele vai saber que eu existo. Sim, blablablá. O problema é que projetamos nossa realidade de acordo com a realidade dos personagens ficcionais, e não aceitamos nada menos do que isso. 
 Ou talvez seja só eu. Olho pros casais em tudo quanto é lugar, e fico pensando "Onde está aquele amor todo?". Eu sei que eles não vão se beijar e nem fazer juras de amor eterno na frente da escola toda, mas sei lá. Nos livros e nos filmes os garotos são tão fofos. Todos deviam ser como o Landon, de Um Amor pra Recordar...
 Ok, não. Aquilo é ficção, e por mais que queiramos, um em mil casos assim acontecem na terra. Mas quem se importa? Todos os garotos irreais vão ser mil vezes melhores que os garotos que eu vejo, e todas as histórias de amor que não existem sempre serão mil vezes mais lindas que as que eu vejo nos casais na escola. Pra mim, eles são os verdadeiros clichês, e não os filmes. Todos ali são iguais, tem histórias iguais, e isso me irrita. Não pouco, me irrita muito. Fico me perguntando se, caso Romeu e Julieta tenham mesmo existido, o "sacrifício" que eles fizeram foi em vão. 
 Talvez eu mesma seja uma alien, e não aceite nada menos do que a imaginação. A mesma imaginação inventada e influenciada pela mídia, a única que eu realmente conheço. Não acho que eu consiga aceitar nada menos do que isso, por mais idiota que essa frase possa soar. Mas... bom, o amor tem o dom de te transformar. Quem nunca foi melosa, de repente se vê caindo, literalmente caindo em algo do qual não entende, e vira uma pessoa nova. Você nunca sabe até onde isso vai te levar, mas desde que seja do lado de quem a gente ama, quem se importa? 

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