sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A Noite das Mulheres Cantoras, Lídia Jorge

Título: A Noite das Mulheres Cantoras
Autora: Lídia Jorge
Editora: Leya
Gênero: Romance
Número de Páginas: 317
Ano de Lançamento: 2012
Nota: 3/5

Há uma pergunta que percorre este romance de Lídia Jorge, da primeira à última página: quantas vítimas se deixam pelo caminho para se perseguir um objetivo? A ação do romance decorre no final dos anos 80 do século XX e invoca um tema de inesperada audácia - o da força da idolatria e a construção do êxito -, visto a partir do interior de um grupo 21 anos mais tarde, na forma de um monólogo. Como é habitual na obra da autora, a questão social é relevante - a força do todo e a aniquilação do indivíduo perante o coletivo são temas presentes neste livro. Mas aqui, tratando-se de um grupo fechado e dominado pela música, a parábola social submerge perante a descrição de um ambiente de grande envolvimento humano e de densidade poética. Servido por uma narrativa ao mesmo tempo rude e mágica, A Noite das Mulheres Cantoras propõe a quem o lê a história de seis figuras que passam a viver para sempre no nosso imaginário. A história de amor comovente que une as duas personagens principais, Solange de Matos e João de Lucena, é, por certo, um daqueles episódios que iluminam a realidade, e torna a grande literatura sobre a vida de hoje indispensável, com os ingredientes próprios da cultura dos nossos dias. 


Não é exatamente o tipo de livro que eu costumo me interessar, mas é bom. A narrativa de Lídia Jorge é forte e te faz entrar dentro dos personagens, conhecê-los a fundo. Nenhum deles é unilateral, e conforme o livro vai se passando dá pra ver claramente isso. 

Lídia Jorge manda o leitor para uma época aparentemente glamourosa, mas que esconde vários segredos nem tão bonitos assim, como as intrigas do show business. É contado pelo ponto de vista de Solange de Matos, embora ela não tenha sido a "principal" na banda. Não gostei muito do fato da sua história ser contada em primeiro plano, em detrimento às demais, já que todas fazem parte da história e são muito importantes.

A escrita usada pelo livro é um pouco rebuscada, principalmente por ser literatura portuguesa, com ênfase do literatura. O uso que Lídia Jorge faz das palavras consegue transmitir vários sentimentos, e ao mesmo tempo: inquietação, encantamento, surpresa e por aí vai. Embora já tenha dito que não é meu estilo de livro, caso tivesse que lê-lo para o vestibular, seria muito mais prazeroso do que muitos da lista de "clássicos". 

Espero que tenham gostado :) 
Beijos
Gabs

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