sábado, 24 de novembro de 2012

Luxo & Crime, Angela Klinke

Título: Luxo & Crime
Autora: Angela Klinke
Editora: Leya
Gênero: Ficção
Número de Páginas: 190
Ano de Lançamento: 2012
Nota: 5/5

Brigite Campos de Orleans, dona da Loja, boutique referência no mercado de luxo, é presa por sonegação fiscal , numa operação cinematográfica digna de algemas e helicópteros. O escândalo, banquete para a mídia, acaba reunindo pessoas de universos diferentes, com diferentes interesses do caso: uma blogueira e aspirante a it girl, um jornalista experiente e preconceituoso, um ambicioso fiscal da Receita, um eletricista com um Monza pifado, uma vendedora de bolsas falsas, um rico culpado, uma rica sem culpa, um advogado criterioso. Mas esse não é o único crime envolvendo esse mundo do luxo e glamour: conforme a caixa preta da Loja vai sendo desvendada, novas conspirações são reveladas e a festa da exclusividade termina em tragédia. 

Posso definir esse livro com quatro palavras: Tapa. Na. Minha. Cara. Nunca fui muito chegada em livros nacionais, eles sempre me dão uma ideia de livro escolar chato que a gente tem que ler por obrigação. Mas desde Agosto estou de olho em Luxo & Crime, querendo ler mesmo, mas nunca pensei que fosse gostar tanto.

O livro é impecável, consegue te prender desde a primeira frase ("Desirée, acorda que a mamãe tá sendo presa"? Eu ouvi aquele barulho de suspense emocionante quando li isso), os personagens são muito cativantes, embora alguns sejam unilaterais, o que até me irritaria se não fizesse sentido. Vivo ouvindo aqueles clichês sobre  ninguém ser inteiramente bom ou inteiramente mal, mas existem pessoas que são más e ponto final, e não adianta fingir que isso não existe em um livro. Sem contar que se tratam daquelas pessoas tão, mas tão irritantes que você simplesmente ama odiar.

 A história é ótima, fala dos tramites de sonegação de impostos e importação sem ficar chato; pelo contrário, dá até vontade de entender mais sobre o assunto.

Os diálogos também são super realistas. Em livros internacionais, é normal eles não trocarem "está" por "tá", e a gente se acostuma à isso porque é a tradução, eles não escrevem com gírias e abreviações e nos livros traduzidos elas também não aparecem. Mas vê-las em um livro nacional é realmente reconfortante: faz os personagens se tornarem "gente como a gente".

A única coisa que eu não gostei é que os personagens têm nomes meio parecidos, principalmente os homens. Isso me deixava confusa durante a leitura, e eu precisava voltar páginas pra descobrir quem era quem. E aqueles nomes "diferentes" também me irritam um pouco, embora isso sirva pra criar a personalidade dos personagens. Afinal quem não imagina uma patricinha quando lê Lulu?

Espero que tenham gostado :)
Beijos
Gabs

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