domingo, 5 de fevereiro de 2012

Resenha - O Primeiro (e nem tão aguardado) EP de The Band Perry!

You Lie, música que abre o cd, já nos dá um gostinho do que nos aguarda: Uma banda country muito boa (e desconhecida), com letras fofas e reais e um ritmo óbvio-porém-muito-bom. É assim que começa o primeiro EP da banda dos irmãos Kimberly, Neil e Reid Perry, que já ganhou um ACM Awards (maior prêmio da música country americana) como Novo Artista, mas que mesmo assim aposto que você nunca ouviu falar. Pois é, esse preconceito que os chamados "roqueiros" ou sei lá o que, brasileiros, tem com a música country, só porque é o similar americano de sertanejo. Crítica mais sem fundamento, pois embora seja SIM parecido, e tenha SIM letras dramáticazinhas, o nível das músicas ainda é infinitamente melhor. E as letras podem ser tristes, mas são definitivamente boas e reais, coisas que todos se identificam. Enfim, vocês que criticam música country deviam se dar ao trabalho de ouví-las primeiro. Mas voltando para o cd.
 Engana-se quem pensa que o cd irá ter só músicas de coração partido, pois na verdade a maioria é bem feliz, se assim pudermos dizer. Hip To My Heart, All Your Life e Walk Me Down The Middle são as típicas românticas ao extremo, se é que a frase "deixe o mundo inteiro saber que você pertence a mim" servir de dica. Já Postcard From Paris fala de quando você vê uma pessoa em um momento, e no outro já está apaixonada, mas você só consegue ver isso como uma coisa ruim, e se sente arruinada. Já Lasso, é sobre quando você está com alguém e, querendo ou não, se sente "pouco" para aquela pessoa. Digamos assim, você não quer segurá-lo, por mais que o ame. Pode ser clichê, sentimentalóide ou o que for, mas a música continua linda.
 Ah, mas não pense que o cd só tem músicas fofas sobre relacionamentos, porque ele também tem... Músicas fofas para fim de relacionamento! Entre elas, minha preferida foi Miss You Being Gone, que, com seu ritmo enganador, que começa meio rock e depois volta para o típico country, mais me parece uma crítica á Someone Like you, da Adele, pois fala sobre sentir saudades de uma pessoa estar longe, quando aquele ex-namorado mala vem te atormentar. Posso estar brisando legal, e já não sou a maior fã da Adele, esse sentido me pareceu bem plausível. You Lie também é muitíssimo boa, e Double Heart dá vontade de dançar em cima de uma mesa como qualquer música chiclete clássica que se preze. Já Quittin' You pode não agradar muito no refrão á princípio, mas você vai se render pela letra bonitinha, que chama o ex de um "mal hábito" do qual se deve desistir.
 Mas não é só de música de amor que essa banda vive. Em Independence, Kimberly canta sobre sair de casa, ir viver em um lugar diferente... enfim, abrir as asas e voar, por mais brega que isso possa ser. E, por fim, mas não menos importante (aliás, guardei o melhor pro final, pois essa é a minha preferida do cd todo) tem If I Die Young. Ela é incrivelmente simples, e incrivelmente fofa, daquelas que você não para de ouvir até decorar a letra, e - aí sim - ouve mais umas 20 vezes, cantando e gritando (coisa que ando percebendo em músicas country: Elas dão muita vontade de cantar junto, mais do que todos os outros estilos musicais que já ouvi). A letra fofa sobre morte - sim, morte! - dá uma vontade imensa de chorar. É como se ela estivesse olhando para sua vida toda, depois de morta, e pensando no que aconteceu, e no que ela quer que façam de seu corpo agora. Uma balada sombria e até meio melancólica, mas que não deixa uma só alma em seu estado normal depois de ouvir.
"Talvez então você ouça as palavras que cantei. Engraçado, quando se está morto, pessoas começam a ouvir" - If I Die Young

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