sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A Culpa É Das Estrelas, John Green

Título Original: The Fault In Our Stars
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance
Número de Páginas: 283
Ano de Lançamento: 2012
Nota: 10/10

Hazel Grace sofre de um sério câncer, e a menos que a medicina descubra algum tipo de milagre capaz de curá-la, seu estado é terminal. Mas tudo isso muda quando a mãe de Hazel insiste pra que ela visite o Grupo de Apoio à Crianças com Câncer, para que faça amigos, e lá ela conhece o bonito e incomum Augustus Waters, um sobrevivente que só tem como sequela sua perna amputada. Os dois sentem uma ligação imediata, e juntos começam a escrever um novo capítulo de suas vidas - que pode ou não ser o último. 

Contraditório. Essa é a primeira coisa que eu penso ao lembrar de A Culpa É Das Estrelas. Encantador e brutal. Doce e cruel. Pretensioso e sem pretensão alguma. E mais vários antônimos que não consigo nem pensar porque esse livro realmente mexeu com a minha cabeça.

Eu sei que a palavra para descrever esse livro não faz muito sentido, já que dei uma nota 10 mais-do-que-merecida pra ele, mas as contradições são a melhor parte, de verdade. Tanto a capa quanto tudo relacionado a ele, embora seja sobre câncer, te dá uma sensação de leveza, e a própria escrita do John Green te faz sentir isso, como se falar sobre câncer e sobre morte fosse algo fácil e até mesmo divertido, principalmente nos momentos de humor negro que te fazem realmente rir. E se um livro que fala sobre câncer te faz rir, pode anotar: ou ele é patético ou é incrível.

Ao mesmo tempo dessa leveza, você ainda sabe que é um livro sobre câncer, e que as chances de histórias assim acabarem mal são gigantes (aka Um Amor Para Recordar), então sempre tem aquele peso na consciência, aquela sensação ruim toda vez que Hazel cita algum termo técnico ou complicado sobre seu tipo de câncer.

E também tem a linguagem do livro. Enquanto a escrita de John é simples, os diálogos de Hazel e Augustus são lotados de palavras "difíceis" (não, isso não te impede de chegar ao fim do livro), metáforas e filosofias. É um modo diferente e inusitado de ler conversas de adolescentes, e tão improvável que se torna quase um poema.

Os personagens também são fabulosos. O modo como Hazel e Augustus vêem a vida realmente te faz pensar. Eles têm tanto o que reclamar, e ao mesmo tempo só conseguem ser felizes na companhia um do outro. Eu sei que são personagens fictícios, mas não tem como não se apaixonar por eles, porque tenho a sensação de que pessoas desse jeito realmente existem.

É um livro sobre câncer, mas não é focado no câncer. E pensar que aquela história realmente acontece com centenas de pessoas todos os dias é simplesmente devastador. Depois imaginá-las aguentando isso tudo com um sorriso no rosto é genial.

E pra terminar esse post contraditório com uma última contradição: Estou em uma relação de amor e ódio com John Green.

Espero que tenham gostado :)
Beijos
Gabs

2 comentários:

  1. Concordo plenamente contigo. Esse livro é completamente agridoce. E como dissesse, não é sobre o câncer, é sobre os personagens. O câncer é apenas uma "vírgula". Que bom que gostasse
    Ótima resenha, parabéns.

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  2. Obrigada, que bom que você gostou :)

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